Notícias

Cão herói das buscas em Brumadinho morre aos 13 anos

Aposentado há cinco anos, o labrador foi adotado por uma família e passou seus últimos anos em um ambiente acolhedor e tranquilo. A causa de sua morte não foi divulgada.
Cão herói das buscas em Brumadinho morre aos 13 anosReprodução/CBMDF

Thor, o labrador que ganhou reconhecimento nacional por sua atuação nas buscas por vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG), faleceu nesta sexta-feira (2), aos 13 anos. O animal integrou o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) por oito anos, tornando-se um símbolo de bravura e dedicação no serviço de resgate.

Durante as operações em Brumadinho, em janeiro de 2019, Thor atuou lado a lado com bombeiros e outros cães farejadores na localização de corpos em meio à lama tóxica. A tragédia, considerada uma das maiores do país, deixou mais de 270 mortos e comoveu o Brasil. Foi ali, entre os escombros, que o cão labrador se destacou por sua incansável contribuição.

Aposentado há 5 anos, o labrador foi adotado por uma família e passou os últimos anos da vida em um ambiente acolhedor e tranquilo. A causa da morte não foi informada.

O Corpo de Bombeiros do DF prestou homenagem ao antigo companheiro de farda: ''Entre escombros, ele correu sem medo, guiado apenas pelo faro e por seus condutores. Salvou vidas, deu esperança onde só havia dor. E, já idoso, aposentou-se com a dignidade de um verdadeiro herói'', publicou o portal Metrópoles.

STJ mantém multa contra Vale 

Na quinta-feira (1), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter, por unanimidade, a multa de R$ 86 milhões aplicada à mineradora Vale pela Controladoria-Geral da União (CGU), no contexto da tragédia de Brumadinho, conforme noticiado pela Agência Brasil.

A corte rejeitou um recurso da empresa e confirmou a aplicação da Lei Anticorrupção, entendendo que houve omissão de informações cruciais sobre a estabilidade da barragem da Mina Córrego do Feijão, que se rompeu em janeiro de 2019, deixando 272 mortos e provocando devastação humana e ambiental em Minas Gerais.

De acordo com a investigação da CGU, antes do rompimento, a Vale teria inserido dados falsos no sistema oficial de segurança de barragens, dificultando a fiscalização por parte da Agência Nacional de Mineração (ANM). Entre as omissões identificadas está a ausência de relato sobre um incidente grave ocorrido em junho de 2018, durante a instalação de drenos na estrutura. O episódio foi considerado crítico pela própria empresa, mas não foi comunicado às autoridades competentes.

Além disso, a mineradora teria emitido uma Declaração de Condição de Estabilidade da barragem mesmo após detectar que o Fator de Segurança da estrutura estava abaixo dos padrões recomendados. A decisão do STJ reforça o entendimento de que a conduta da empresa comprometeu diretamente a capacidade do poder público de agir preventivamente, ampliando os danos de uma das maiores tragédias socioambientais da história do Brasil.