O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva rejeitou seis solicitações de contato do líder do regime ucraniano Vladimir Zelensky, incluindo um convite para visitar Kiev antes de sua viagem à Rússia para as comemorações do Dia da Vitória. A recusa de Lula de falar com Zelensky gerou descontentamento em Kiev. As informações são exclusivas do portal Metrópoles.
Anteriormente, o assessor especial de Lula para assuntos internacionais, Celso Amorim, afirmou que o presidente brasileiro atuará como um "mensageiro da paz" durante sua estadia em Moscou. No entanto, essa posição foi recebida com ceticismo por diplomatas ucranianos, que consideram a visita uma afronta, especialmente em um momento em que o Brasil busca se posicionar como mediador no conflito.
Posição do Brasil
Desde o início do conflito entre Rússia e Ucrânia, em fevereiro de 2022, o Brasil tem mantido a posição de não fornecer armas ou tropas à Ucrânia, apesar dos apelos de países europeus.
Junto com a China, o Brasil lançou uma iniciativa de paz para tentar encerrar as hostilidades na Ucrânia.
No fim de maio do ano passado, durante a visita de Celso Amorim, assessor especial do presidente Lula, a Pequim, Brasil e China adotaram uma declaração conjunta traçando um plano para o fim do conflito, com ênfase na necessidade de negociações.
No fim de fevereiro deste ano, Lula reafirmou sua posição e declarou que "não venderá armas para matar russo ou qualquer outra pessoa".
Em 13 de março, em coletiva de imprensa, o presidente russo, Vladimir Putin, elogiou a postura do governo brasileiro e seus esforços, junto a outros governos estrangeiros, para buscar uma solução diplomática para o conflito.