O presidente francês Emmanual Macron negou que seu país esteja em guerra com a Rússia, mas destacou que, no que tange a possibilidade do envio de tropas para a Ucrânia, Paris tem uma "responsabilidade" e não deve "estabelecer limites". Os comentários foram publicados na quinta-feira em seu perfil do X.
Face aos nossos aliados e aos nossos parceiros europeus, e também face à História, temos uma responsabilidade: a de sermos uma França forte e pronta para se adaptar às escolhas que a Rússia faria.
As afirmações de Macron foram postadas após o mandatário ter prometido, em suas redes sociais, que responderia às perguntas de internautas que estivessem curiosos sobre o apoio da França à Ucrânia.
Muitos usuários indagaram, no entanto, o porquê do presidente francês ter ignorado a pergunta com mais curtidas em suas redes sociais. Nela, um homem perguntava a opinião do presidente francês sobre a possibilidade de realizar um referendo visando averiguar a opinião da população sobre o envolvimento com o conflito.
Reação do Kremlin
Nesta sexta-feira, Dmitri Peskov, porta-voz da presidência russa, reagiu ao amontoado de recentes declarações de Macron, que nos últimos dias evocou a possibilidade do envio de tropas francesas para a Ucrânia repetidas vezes.
Na avaliação do porta-voz, a França já está envolvida na Ucrânia, que segundo ele, está indiretamente envolvida no conflito. "E, a julgar pelas declarações do presidente [Macron], ele não se importa em aumentar o grau de seu envolvimento", afirmou.