
Ucrânia aceitou ceder territórios à Rússia, afirma enviado especial de Trump

O enviado especial de Donald Trump, Keith Kellogg, comunicou nesta quarta-feira (30) que Kiev está disposto a realizar concessões territoriais para solucionar o conflito na região. Contudo, o reconhecimento não envolveriam o reconhecimento de direito dessas regiões, apenas 'de facto'.
"Os ucranianos já disseram estar dispostos a ceder território aos russos, não 'de jure', para sempre, mas sim 'de facto', porque os russos realmente os ocuparam", indicou em entrevista à Fox News. Kellogg destacou o entendimento de Kiev sobre a permanência de ambos os lados "nas posições que ocupam atualmente".

Ao ser questionado se Washington estaria disposto a aceitar as exigências russas sobre territórios e a redução da presença militar ucraniana, o enviado respondeu: "parcialmente, sim".
Integridade territorial russa
A Crimeia se reunificou à Rússia em março de 2014, após 96,77% da população da península votar a favor da reintegração à Federação. As repúblicas populares de Donetsk e Lugansk e as províncias de Zaporozhie e Kherson se incorporaram em 2022, após consultas populares.
Moscou reiteradamente garantiu que os territórios são parte integral da Rússia. Na última semana, o chanceler russo, Sergey Lavrov, destacou que seu país "não negocia a integridade de seu território", mencionando a compreensão do presidente dos EUA, Donald Trump, da sua posição.
EUA fazem acordo com Ucrânia
Keith Kellogg anunciou um avanço nas negociações entre os Estados Unidos e a Ucrânia. Segundo ele, os dois países chegaram a um acordo que estabelece 22 planos de ação concretos com o objetivo de resolver o conflito com a Rússia. O entendimento visa criar um caminho para encerrar o confronto, embora os detalhes específicos sobre essas ações ainda não tenham sido revelados.
O processo de negociação foi descrito como ''muito franco e difícil'', com discussões intensas, mas construtivas, entre as partes. ''Chegamos a 22 ações muito específicas'', afirmou. Embora tenha reconhecido que as autoridades ucranianas ''não gostaram de todos os pontos'', o norte-americano ressaltou que isso é uma parte normal de qualquer processo de negociação.
Kellogg se mostrou otimista, apontando que o caminho até uma resolução está mais próximo, mas ainda exige esforço contínuo das partes envolvidas.

