Os EUA e o regime de Kiev assinaram, nesta quarta-feira (30), um acordo para a exploração de terras raras localizadas em território ucraniano. A política garantirá aos Estados Unidos acesso privilegiado a minérios fundamentais para setores de alta tecnologia, incluindo alumínio, grafite, petróleo e gás, segundo a agência Bloomberg.
Em nota, o Departamento do Tesouro norte-americano declarou que a instituição do Fundo de Investimento para Reconstrução EUA-Ucrânia marca uma importante parceria entre os dois países, reconhecendo "o importante apoio financeiro e material que o povo norte-americano forneceu à defesa da Ucrânia".
O documento também destaca que o acordo é um "sinal claro" para a Rússia que o governo Trump está comprometido com um processo de paz centrado em uma Ucrânia "livre, soberana e próspera".
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, declarou que Washington está ansioso para "pôr em ação essa parceria econômica histórica para os povos ucraniano e americano".
A parte ucraniana confirmou a assinatura do documento. A ministra da Economia, Yulia Sviridenko, detalhou que o acordo estipula o controle de Kiev sobre todos os recursos, e que "nenhuma das partes terá uma voz predominante" na gestão do fundo. Ela destacou que o acordo não prevê nenhuma troca na gestão das empresas estatais ucranianas, tampouco menciona alguma obrigação do pagamento de dívidas de Kiev a Washington.
Controvérsias
O acordo inicialmente estava previsto para ser assinado no final de fevereiro, porém foi cancelado após uma reunião entre Donald Trump e o líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, encerrar com gritos e acusações mútuas na Casa Branca.
Ao longo dos meses, as partes debateram incessantemente os termos do acordo. Veículos de imprensa reportaram que Kiev o percebia como "roubo" ou "reparação de guerra", enquanto que o deputado ucraniano Yaroslav Zhelezniak havia declarado que o tratado era "muito desvantajoso" para a Ucrânia.