
Em meio a tensões entre Índia e Paquistão, Modi não irá à Parada da Vitória em Moscou

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, não participará presencialmente das celebrações do Dia da Vitória na Rússia, em 9 de maio, segundo informou nesta quarta-feira (30) o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

De acordo com o porta-voz, diversos líderes mundiais devem comparecer à cerimônia em Moscou, o que, para ele, demonstra alinhamento ideológico com a Rússia e orgulho compartilhado pela vitória sobre o nazismo.
Peskov também afirmou que Moscou se prepara para uma visita bilateral do presidente da China, Xi Jinping. "Haverá uma visita separada do presidente Xi, à qual damos grande importância e estamos nos preparando", declarou.
Piora nas relações entre a Índia e o Paquistão
As tensões entre Índia e Paquistão se intensificaram em abril após um ataque terrorista na cidade de Pahalgam, em Jammu e Caxemira — território sob controle indiano, mas reivindicado por Islamabad. Membros da Frente de Resistência, grupo classificado como terrorista por Nova Délhi, mataram mais de 20 pessoas e feriram dezenas.
A Índia acusou o Paquistão de apoiar "terrorismo transfronteiriço",expulsou diplomatas paquistaneses e suspendeu o tratado de compartilhamento de água do rio Indo. Em resposta, o Paquistão negou envolvimento, criticou as acusações indianas como "frívolas" e fechou seu espaço aéreo para companhias indianas. Houve dias consecutivos de tiroteios na fronteira.
O ministro paquistanês da Informação, Attaullah Tarar, afirmou que a Índia planejava um ataque em até 36 horas. A declaração veio após Modi dizer que o Ministério da Defesa indiano estava autorizado a responder ao atentado.
Diante do agravamento do conflito, a Rússia pediu moderação e diálogo entre os dois países.

