
China produziu quase 36.000% mais navios do que os EUA em 2022

Durante uma visita ao estaleiro naval da Filadélfia na segunda-feira (28), o secretário de Transportes dos EUA, Sean Duffy, ressaltou a importância de intensificar a construção naval no país como medida crucial para a segurança e independência nacional, informou a mídia local.
Duffy apontou uma disparidade significativa na produção de navios entre EUA e China, mencionando que, em 2022, os Estados Unidos construíram apenas cinco embarcações, enquanto a China produziu 1.800. "Temos que construir navios novamente na América", afirmou o secretário, destacando a necessidade de revitalizar a indústria naval americana.
O estaleiro da Filadélfia, sob gestão da sul-coreana Hanwha desde 2024, tem como CEO local David Kim, que afirma que a companhia pode expandir a produção se houver demanda. Segundo Kim, embora o estaleiro já tenha um cronograma cheio para os próximos anos e não conte atualmente com a estrutura mais moderna, a Hanwha pretende investir em tecnologia, processos e qualificação para ampliar a capacidade e gerar empregos nos EUA.

O estaleiro trabalha atualmente na construção de cinco navios-escola que serão entregues a academias navais estadunidenses. Segundo os responsáveis pela obra, o projeto segue dentro do cronograma e do orçamento previstos.
O contrato ainda tem mais um ano de duração, e a expectativa é que sua conclusão fortaleça o papel estratégico do estaleiro, impulsionando futuras encomendas na região da Filadélfia.
O senador Dave McCormick, republicano da Pensilvânia, destacou que a iniciativa poderá gerar um grande impacto econômico local. "Esses são empregos com salários incrivelmente altos. Vamos passar de 1.500 funcionários para muitos milhares a mais", afirmou.
Menor patamar em 25 anos
A indústria naval dos EUA atravessa uma das suas piores fases em décadas, com a produção de navios de guerra atingindo o menor patamar dos últimos 25 anos, de acordo com o New York Post. A defasagem no ritmo de fabricação em relação à China acende um alerta sobre a capacidade de reposição e modernização da frota americana.
