Professor é preso por oferecer 'chá de sêmen' e enganar alunas em Tocantins

O professor de canto de 26 anos, Hallan Richard Morais da Cruz, foi preso em Luzimangues, distrito de Porto Nacional (TO), após ser acusado de oferecer a suas alunas um líquido supostamente benéfico para a voz, que continha sêmen, relatou a mídia local. A detenção ocorreu depois que duas estudantes desconfiaram da origem da substância e acionaram as autoridades.

A prisão de Hallan da Cruz ocorreu em 25 de abril. Durante audiência de custódia realizada na manhã de domingo (27), a Justiça converteu o flagrante em prisão preventiva. A decisão foi assinada pelo juiz Willian Trigilio da Silva, do plantão de 1ª instância do Tribunal de Justiça do Tocantins.

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Em depoimento, ele confessou o crime e acabou autuado por violação sexual mediante fraude. Após a prisão, foi encaminhado para a Central da Mulher 24h, em Palmas. A investigação do caso está a cargo da 72ª Delegacia de Polícia de Luzimangues.

O professor está sendo representado pela Defensoria Pública. O órgão foi designado pela Justiça para representá-lo no processo, após a ausência de um advogado constituído. A Defensoria informou que seguirá prestando suporte jurídico enquanto ele não apresentar defesa particular.

De acordo com o Boletim de Ocorrência, Hallan alterava o chá sem que as alunas soubessem, adicionando sêmen à bebida. As vítimas também teriam sido filmadas sem consentimento enquanto consumiam o líquido. Durante a operação, os policiais apreenderam um celular, supostamente utilizado para gravar as vítimas, além de dois frascos que continham a substância.

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A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que as substâncias encontradas nos frascos serão submetidas a exame pericial para confirmar se realmente se tratam de sêmen. No final de semana, um HD e o celular do suspeito também foram apreendidos e passarão por perícia.

A família do professor de canto publicou, pouco após sua prisão, uma nota nas redes sociais manifestando ''total repúdio'' a toda e qualquer ''conduta ilícita a ele imputada''. ''Ante a gravidade e reprovabilidade, bem como a repercussão do caso, a família atravessa um momento de grande sofrimento e se solidariza com as possíveis vítimas e seus familiares, com votos para que a justiça seja feita'', destaca a nota.