China apela para que tensões entre Índia e Paquistão sejam acalmadas

A China está acompanhando de perto o desenrolar da crise entre Índia e Paquistão e apela para uma resolução imparcial do conflito, afirmou ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, durante ligação telefônica com seu colega paquistanês, Mohammad Ishaq Dar, no domingo (27).

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Segundo a chancelaria chinesa, durante a conversa, Wang apelou para que haja uma investigação imparcial sobre o recente ataque terrorista na Caxemira que causou 26 mortes.

Ele destacou que o conflito não serviria aos interesses nem da Índia nem do Paquistão e em nada ajudaria na manutenção da paz e da estabilidade da região. 

Wang também reiterou o apoio da China aos esforços do Paquistão no combate ao terrorismo, no que ele chamou de "responsabilidade comum de todos os países do mundo".

"Esperamos que ambos os lados consigam ter moderação, chegar a um acordo e trabalhar para o apaziguamento da situação", concluiu a nota da chancelaria.

Aumento das tensões

A crise diplomática entre Índia e Paquistão escalou significativamente na semana passada após um ataque armado deixar ao menos 26 mortos na região da Caxemira, prejudicando suas já frágeis relações, que permanecem hostis desde a divisão dos países em 1947.

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Na quinta-feira passada (24), o governo paquistanês anunciou o fechamento de seu espaço aéreo para companhias indianas, cancelou todos os vistos concedidos a cidadãos da Índia — com exceção de peregrinos sikh — e suspendeu integralmente as relações comerciais com o país vizinho. Além disso, foi determinado um prazo de 48 horas para que todos os indianos deixem o território paquistanês.

As ações foram uma resposta direta à decisão de Nova Déli de suspender o Tratado das Águas do Indo, colocando em risco o abastecimento de água potável, a agricultura e a indústria paquistanesa. O governo indiano acusa o Paquistão de apoiar grupos que praticam atos de violência na fronteira.