Notícias

Defesa de Collor apresenta novo laudo médico e solicita prisão domiciliar

Na sexta-feira, após o primeiro pedido de prisão domiciliar da defesa, o ex-presidente contradisse seus advogados durante audiência de custódia, declarando não possuir doenças ou fazer uso contínuo de remédios.
Defesa de Collor apresenta novo laudo médico e solicita prisão domiciliarValter Campanato/Agência Brasil

A defesa do ex-presidente Fernando Collor de Mello enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF), neste sábado (26), um relatório médico que ressalta suas comorbidades graves, solicitando com urgência a concessão de prisão domiciliar, informou a imprensa brasileira.

O documento alega que o acusado está em tratamento para "Doença de Parkinson, Apneia do sono grave e Transtorno Afetivo bipolar", que somado à sua idade avançada de 75 anos, demandariam a transferência de Collor.

Na sexta-feira (25), após o primeiro pedido de prisão domiciliar da defesa, o ex-presidente contradisse seus advogados durante audiência de custódia, declarando não possuir doenças ou fazer uso contínuo de remédios.

O laudo afirma que a doença de Parkinson do acusado é "progressiva", podendo se agravar "sem o uso adequado da medicação prescrita".

"Quanto ao transtorno bipolar, episódios de estresse, interrupção de medicação, privação ou inadequação do ciclo de sono e vigília, assim como ambientes hostis ameaçam a integridade psíquica do paciente e pode desencadear episódios de ansiedade generalizada e depressão", atesta o relatório.

Prisão

O político foi preso após ordem emitida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

A determinação de Moraes ocorreu após o recurso da defesa do ex-presidente ter sido negado em um processo em que Collor foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, ainda em 2023.

A ação faz parte de um desdobramento da Operação Lava Jato, que acusa o ex-presidente de desvio de recursos públicos no valor de R$ 29,9 milhões por meio de negócios de uma subsidiária da Petrobrás entre 2010 e 2014.