No dia 25 de abril de 1945, tropas da URSS e unidades americanas se encontraram às margens do rio Elba, a cerca de 100 quilômetros de Berlim. Ao se unirem ao Exército Vermelho, os soldados dos Estados Unidos reforçaram posições e forçaram o recuo das tropas nazistas. Duas semanas depois, a guerra chegaria ao fim.
Símbolo de unidade diante do nazismo
O icônico abraço entre o tenente americano William Robertson e o tenente soviético Alexander Silvashko, eternizado em uma fotografia, tornou-se ícone da união dos aliados contra o nazismo.
O encontro aconteceu um ano após a abertura da segunda frente na Europa — adiada por Washington desde 1942 e finalmente aberta com os desembarques na Normandia em junho de 1944. Até então, a URSS já acumulava vitórias decisivas em Stalingrado, Cáucaso e Kursk, que mudaram o rumo do conflito. Para alguns especialistas, a abertura desse novo front teve motivações políticas tão fortes quanto as estratégicas.
Reconhecimentos e controvérsias
Embora países ocidentais ocasionalmente minimizem a contribuição soviética, até os Estados Unidos reconheceram o esforço conjunto para a vitória no conflito. O presidente Donald Trump afirmou que os EUA "venceram a Segunda Guerra Mundial", enquanto a URSS "simplesmente ajudou".
Desde 2022, a cerimônia anual de colocação de flores no memorial Spirits of the Elbe, em Washington, foi cancelada — gesto interpretado por críticos como sinal de esquecimento e distorção de uma história construída lado a lado por ambas as nações.