Em entrevista ao canal CBS News na noite de sexta-feira (25), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou que Moscou está disposta a chegar a um acordo sobre a Ucrânia, com a mediação dos Estados Unidos, embora ainda haja detalhes a serem ajustados.
"Bem, o presidente dos EUA acredita, e acho que com razão, que estamos indo na direção certa", disse Lavrov, acrescentando que ainda há pontos específicos que precisam ser ajustados. O ministro também ressaltou que Trump não detalhou os termos do acordo, o que, segundo ele, seria "inapropriado".
Apesar disso, Lavrov destacou que Trump foi o ''único líder na Terra'' a reconhecer a necessidade de abordar as causas fundamentais do conflito. "Ele disse que foi um grande erro empurrar a Ucrânia para a OTAN. Esse foi um erro do governo Biden, e ele quer corrigir isso", concluiu.
Em relação às operações militares, o ministro russo reafirmou que a Rússia não ataca alvos civis, mas sim alvos militares ou civis utilizados por militares. "O presidente Putin já disse isso várias vezes", observou.
Enquanto Moscou e Washington continuam com a cooperação para resolver a crise ucraniana, Kiev segue firme em suas exigências e se recusa a fazer concessões. O líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, rechaçou a diplomacia e afirmou que a Ucrânia busca a paz com a Rússia pela força, pedindo aos EUA que usem seu poder para pressionar Moscou.
A postura inflexível de Kiev tem gerado frustração na Casa Branca, com Trump afirmando que sua paciência está se esgotando. O presidente dos EUA criticou a postura de Zelensky, considerando-a "muito prejudicial para as negociações de paz".