Veteranos franceses acusam Macron de violar Constituição ao enviar armas à Ucrânia

Um grupo de oficiais reformados pediu ao Parlamento que debata a presença de tropas e o fornecimento de armas ao regime de Kiev.

Um grupo de veteranos de alta patente das Forças Armadas da França pediu, em carta divulgada por uma plataforma do grupo, maior controle do Parlamento sobre o envolvimento militar francês na Ucrânia.

No documento dirigido aos presidentes da Assembleia Nacional e do Senado, os ex-oficiais solicitaram a abertura de debate formal sobre o envio de armamentos e a manutenção de tropas de apoio às operações de combate no território ucraniano.

Na carta, eles afirmam que a participação militar francesa na Ucrânia, realizada sem autorização parlamentar, e o envio de armas sem discussão pública configuram infrações à Constituição e ao Código Penal da França. Segundo o grupo, desde 2022 não houve comunicação clara ao Parlamento sobre qualquer "intervenção militar".

"A falta de ratificação parlamentar regular põe em questão a legalidade do fornecimento, pelas reservas do Exército francês, de armamentos à Ucrânia para uso contra a Rússia, com a qual nosso país não está em guerra", diz o texto.

Os signatários pedem ainda a divulgação de todas as informações sobre a presença das tropas no Journal Officiel e a realização de votação sobre a continuidade da intervenção no prazo de 15 dias a partir do recebimento da carta.