
Índia expulsa diplomatas paquistaneses e fecha posto de fronteira após ataque que matou 26 civis

A Índia adotou medidas drásticas em retaliação a um ataque transfronteiriço de militantes que matou 26 civis em Jammu e Caxemira, criando atritos em suas relações diplomáticas com o Paquistão, informou o Ministério das Relações Exteriores indiano.
Entre as medidas anunciadas por Nova Delhi, consta a declaração dos conselheiros de defesa do Alto Comissariado do Paquistão como persona non grata e a redução do quadro de diplomatas paquistaneses no país de 55 para 30. O governo indiano também decidiu retirar seus conselheiros militares do Alto Comissariado em Islamabad.
Ademais, estão cancelados os vistos de cidadãos paquistaneses previstos no Esquema de Isenção de Vistos da SAARC (Associação do Sul da Ásia para Cooperação Regional), que autoriza certas autoridades a viajar sem visto na região.

A SAARC reúne Afeganistão, Bangladesh, Butão, Índia, Maldivas, Nepal, Paquistão e Sri Lanka.
De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Vikram Misri, os conselheiros de defesa, militares, navais e aéreos do Alto Comissariado do Paquistão têm uma semana para deixar o país. Os cidadãos paquistaneses atualmente na Índia sob o regime de isenção têm 48 horas para partir.
O governo também fechou o posto de controle integrado de Attari, conhecido como fronteira Wagah-Attari. "Quem cruzou a fronteira com autorizações válidas pode retornar por essa rota até 1º de maio de 2025", afirmou Misri.
As medidas de Nova Delhi também incluem o fechamento do ponto de trânsito terrestre e suspensão do acordo crítico de compartilhamento de água com o Paquistão.
