O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, foi exonerado nesta quarta-feira (23), poucas horas após ser afastado judicialmente por decisão que tem validade de seis meses.
A medida ocorre no mesmo dia em que a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram uma operação para apurar fraudes na instituição, conforme informado pelo portal G1. Ainda não há definição sobre quem ocupará o cargo.
A exoneração foi assinada por Miriam Belchior, secretária-executiva da Casa Civil, uma vez que o ministro Rui Costa está em férias. Segundo o blog da jornalista Andréia Sadi, a decisão partiu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início da tarde.
Carlos Lupi, ministro da Previdência Social, afirmou que a indicação de Stefanutto foi de sua "inteira responsabilidade". O nome dele, no entanto, não aparece no ato de exoneração.
A investigação apura descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. A estimativa é de que os desvios possam chegar a R$ 6,3 bilhões, conforme a apuração conjunta da PF e da CGU.
A operação foi considerada uma das mais complexas já conduzidas pela PF. Os desdobramentos foram comunicados ao presidente Lula em reunião realizada pela manhã no Palácio da Alvorada com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e o ministro da CGU, Vinícius Carvalho.
No momento da exoneração, uma nova reunião sobre o caso estava em andamento no Ministério da Justiça. Esta é a segunda mudança na presidência do INSS desde o início do atual governo.