Florian Philippot, líder do partido francês Les Patriotes, criticou duramente o governo de Emmanuel Macron, afirmando que a França está se tornando "motivo de chacota" em nível global devido às suas políticas de censura direcionadas ao serviço de mensagens Telegram.
Em uma publicação em sua conta no X, Philippot clamou por uma mudança nas diretrizes de censura, defendendo a liberdade de expressão no país.
"O chefe do Telegram [Pavel Durov], que foi preso pelo regime de Macron durante uma visita à França no ano passado, acaba de anunciar que vai 'fechar o Telegram na França' se as autoridades tiverem acesso às 'mensagens privadas' trocadas entre as pessoas", escreveu, referindo-se às recentes declarações de Durov.
Na segunda-feira (21), o chefe da plataforma reagiu às discussões em andamento sobre um projeto de lei francês que permitiria a implementação de brechas ("backdoors") para contornar as proteções de segurança e obter acesso a aplicativos criptografados.
Em resposta a planos que ameaçam a privacidade dos usuários, Durov afirmou que a plataforma está disposta a se retirar do mercado francês em vez de comprometer suas práticas de segurança e violar direitos humanos fundamentais. "Ao contrário de alguns concorrentes, não trocamos privacidade por participação de mercado. Em seus 12 anos de história, o Telegram nunca revelou um único byte de mensagens privadas", enfatizou.
Philippot criticou essa situação, chamando-a de "ditadura" e relembrando as palavras do vice-presidente dos EUA, JD Vance, que denunciou a desinformação e a repressão à liberdade de expressão durante a 61ª Conferência de Segurança de Munique. "E ainda assim, dizem que Vance está errado ao comparar a União Europeia a uma ditadura contra a liberdade de expressão! Precisamos parar os censores, revogar as leis de censura, abandonar a UE e suas regras de censura do DSA [Regulamentação de Serviços Digitais] e restaurar a liberdade de expressão!", concluiu Philippot.