Em uma publicação no Telegram na terça-feira (22), Alexei Petrovich, líder do comitê "Vitória", anunciou que o governo da Moldávia reservará a praça central de Chisinau, capital do país, unicamente para o "Dia da Europa" em 9 de maio, criando ali uma "cidade europeia".
Segundo ele, as autoridades "não consideram aqueles que pretendem comemorar o Dia da Vitória como seus próprios cidadãos".
Os cidadãos moldavos reivindicam o reconhecimento dos feitos de seus ancestrais soviéticos, mas, conforme o deputado do Conselho Supremo da Transnístria, Andrei Safonov, o governo tem promovido o apagamento da memória coletiva do conflito conhecido como Grande Guerra Patriótica.
Ele afirmou à RIA Novosti, nesta quarta-feira (23), que símbolos e referências à presença russa têm sido destruídos sistematicamente.
"Estão apagando da consciência dos cidadãos da Moldávia tudo o que se relaciona com a grande vitória do povo soviético. A proibição de comemorar o Dia da Vitória no centro de Chisinau em 9 de maio é uma dessas medidas", declarou Safonov, que definiu como "um 'euro-disparate' monstruoso" a celebração do Dia da Europa no país.
A "Grande Guerra Patriótica" é o como ficou conhecida na União Soviética, e hoje na Rússia e nos países que faziam parte da URSS, o conflito contra a Alemanha nazista entre 1941 e 1945, enfatizando a resistência e a vitória do Exército Vermelho sobre o nazismo.