O presidente da China, Xi Jinping, advertiu nesta quarta-feira (23) que ferramentas como tarifas ou guerras comerciais afetam os direitos e interesses legítimos de todos os países do mundo, conforme informações da agência estatal chinesa Xinhua.
As declarações de Xi Jinping foram feitas durante uma reunião com o presidente azerbaijano, Ilkham Aliyev, que está visitando Pequim, e acrescentou que esse tipo de confronto prejudica o sistema de comércio multilateral.
Xi expressou a disposição do seu país de cooperar com o Azerbaijão para proteger o sistema internacional centrado nas Nações Unidas e manter uma ordem global baseada no direito internacional.
Carta ao Japão
A Reuters informou ainda na terça-feira (22) que o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, enviou uma carta ao primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, pedindo-lhe que adotasse uma resposta coordenada às medidas tarifárias do presidente dos EUA, Donald Trump. A carta, enviada pela embaixada chinesa no Japão, enfatiza a necessidade de "combater o protecionismo juntos".
- Em 2 de abril, Trump decretou grandes tarifas sobre os parceiros comerciais dos EUA, incluindo a China e o Japão. Pouco tempo depois, ele anunciou que, como mais de 75 países haviam procurado os representantes dos EUA sobre as tarifas e "não haviam retaliado de forma alguma", ele estava autorizando para essas nações "uma pausa de 90 dias e uma tarifa recíproca substancialmente reduzida de 10% durante esse período, também com vigência imediata".
- Atualmente, as tarifas dos EUA sobre os produtos chineses chegam a 145%. A Casa Branca não descartou a possibilidade de reduzir as tarifas sobre os produtos chineses, embora tenha observado que a taxa não seria de 0%.
- A Organização Mundial do Comércio estimou que a escalada das tensões entre as duas maiores economias do mundo poderia reduzir o comércio de mercadorias entre as duas nações em 80%.
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