
Putin se reuniu com Papa Francisco em três ocasiões; relembre

O presidente russo Vladimir Putin se reuniu com o Papa Francisco em três ocasiões. A última delas foi em 2019, quando os dois chefes de Estado celebraram o "fortalecimento das relações bilaterais" e um acordo de colaboração entre hospitais pediátricos da Rússia e do Vaticano.
Após a conversa de 2019, que inaugurou uma viagem mais extensa do presidente russo à Itália, os líderes também discutiram temas da agenda internacional, como Síria, Ucrânia e Venezuela. Putin agradeceu pelo tempo dedicado e classificou os diálogos como "substantivos e interessantes".

Em solo italiano, Putin posteriormente se encontrou com o presidente italiano Sergio Mattarella e o primeiro-ministro Giuseppe Conte, além de ter realizado um encontro privado com seu amigo de longa data, o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi.
Todos os encontros anteriores foram realizados no Vaticano. "Os dois homens se encontraram pela primeira vez em 2013, logo após a eleição do Papa Francisco para o papado, e depois em 2015. A necessidade urgente de buscar a paz no Oriente Médio, e especialmente na Síria, também foi destaque nas conversas anteriores. O conflito na Ucrânia também foi o foco da reunião em 2015", escreve a imprensa da Santa Sé.
Elogios à Rússia
Em 2023, o pontífice gravou uma mensagem para jovens católicos na cidade russa de São Petersburgo, na qual elogiou os governantes russos do século XVIII e a Grande Rússia que eles ajudaram a criar:
"Nunca esqueçam o legado. Vocês são os herdeiros da Grande Rússia: A Grande Rússia dos santos, dos governantes, a Grande Rússia de Pedro I, Catarina II, aquele império - grande, iluminado, de grande cultura e grande humanidade. Nunca desistam desse patrimônio. Vocês são descendentes da grande Mãe Rússia, sigam em frente com ela. E obrigado - obrigado por seu modo de ser, por seu modo de ser russo".
À época, o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, elogiou os comentários "muito gratificantes" de Francisco, acrescentando que o Estado russo e as associações públicas, os professores de escolas e os professores universitários trabalhavam para garantir que esse legado seja constantemente incorporado à consciência da juventude do país.
Em contrapartida, a fala gerou muita indignação na Ucrânia. Oleh Nikolenko, alto diplomata do regime de Kiev, acusou o Papa de disseminar ''propaganda imperialista", afirmando que "ideias de grande potência russa, são, de fato, a razão da agressão crônica da Rússia".
