
Rússia confirma o fim da trégua na Páscoa

O Ministério da Defesa da Rússia confirmou nesta segunda-feira (21) o fim da trégua de Páscoa e denunciou as forças ucranianas por violarem o cessar-fogo com ataques a posições russas e a instalações civis.

Segundo o governo russo, foram registradas 4.900 violações do cessar-fogo. O ministério afirmou que as tropas de Kiev utilizaram 90 drones, dos quais oito estariam fora da zona da chamada operação militar especial, todos derrubados.
Ainda de acordo com Moscou, forças ucranianas atacaram 19 áreas de fronteira nas regiões de Bryansk, Kursk e Belgorod. O comunicado destacou que, apesar dos episódios, a intensidade dos combates caiu no domingo de Páscoa ao longo da linha de frente.
O Exército ucraniano lançou 1.404 projéteis de artilharia, foguetes e morteiros, além de realizar 3.316 ataques com drones de pequeno porte contra posições russas, de acordo com o relatório divulgado pelo ministério.
Durante a trégua, as forças russas respeitaram integralmente o cessar-fogo e se mantiveram nas posições já ocupadas. Com o fim da pausa, Moscou afirma que continuará com a operação militar.
Trégua de Páscoa
No sábado, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou a suspensão temporária das ações militares durante o feriado religioso e pediu que o lado ucraniano aderisse à medida e declarasse também um cessar-fogo.
Nesse contexto, o Ministério da Defesa russo ordenou a todas as unidades que interrompesse os combates, justificando a decisão como uma ação humanitária e condicionada ao “respeito mútuo por parte do regime de Kiev”.
Cerca de quatro horas após o anúncio russo, o líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, aceitou a trégua e sugeriu que ela fosse prorrogada além do período da Páscoa, afirmando que “a Ucrânia agirá de forma recíproca”.
