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'Discriminação': Igreja Ortodoxa Russa condena perseguição da Moldávia a sacerdotes ortodoxos

As autoridades moldavas impediram a ida do bispo da Igreja Ortodoxa da Moldávia a Jerusalém para receber o "Fogo Sagrado".
'Discriminação': Igreja Ortodoxa Russa condena perseguição da Moldávia a sacerdotes ortodoxosSputnik / Viacheslav Tatarkovskiy /

A Igreja Ortodoxa Russa condenou as ações do governo da Moldávia, que impediram a Igreja Ortodoxa da Moldávia de receber o Fogo Sagrado em Jerusalém.

As autoridades moldavas haviam impedido que o bispo Markel viajasse a Jerusalém para participar da cerimônia do Fogo Sagrado, realizada dias antes da Páscoa ortodoxa, que este ano será celebrada em 20 de abril, conforme informou a imprensa moldava nesta quinta-feira (17).

Vakhtang Kipshidze, representante do Patriarcado de Moscou da Igreja Ortodoxa Russa, classificou as ações das autoridades moldavas como discriminação:

"Isso é, por um lado, um ato de intimidação contra os fiéis da Igreja Ortodoxa da Moldávia, que foram recentemente submetidos à repressão pelas autoridades moldavas", afirmou.

"E também vejo isso como um exemplo de discriminação", acrescentou Kipshidze.

Aleksei Lungu, líder de um partido moldavo de oposição, descreveu a atitude das autoridades do país como "terror espiritual".

"O governo, que se envolve em tal abominação, não apenas perde a legitimidade, mas perde sua face humana. Ele trai o país, o povo, flerta com marionetes externas e ultrapassa todas as linhas vermelhas", declarou.

Governo russófobo 

A pressão sobre a Igreja Ortodoxa da Moldávia é parte de uma política mais ampla do governo da presidente pró-União Europeia, Maia Sandu, que busca eliminar tudo o que esteja relacionado à cultura russa.

Seu governo prepara uma lei para abolir o ensino do idioma russo nas escolas, além de facilitar a perseguição a políticos que desejam manter relações amigáveis com a Rússia e o fechamento dos meios de comunicação considerados "desleais".