A Indonésia está voltando sua atenção para a Rússia como um novo mercado promissor para comércio e investimento em resposta às tarifas recíprocas impostas pelos Estados Unidos, conforme afirmou Anindya Bakrie, presidente da Câmara de Comércio e Indústria do país, durante uma declaração ao jornal Xinhua nesta quarta-feira (17).
Bakrie destacou que a cooperação comercial entre os dois países poderá abrir portas para investimentos russos, permitindo assim que a Indonésia, a maior economia do Sudeste Asiático e recém-membro do BRICS, encontre alternativas comerciais. "Estamos explorando ativamente novas oportunidades de mercado e formas de fomentar investimentos mútuos", disse, ressaltando o esforço de Jacarta em criar condições favoráveis para investidores russos em suas zonas econômicas especiais.
As nações firmaram um memorando de entendimento nas áreas de comércio, economia e investimentos durante a visita de uma delegação russa à Indonésia na terça-feira. Esse acordo faz parte do compromisso do governo indonésio de diversificar seus mercados ao mesmo tempo em que fortalece parcerias estratégicas com seus aliados internacionais.
"O próximo passo é fortalecer o comércio"
O vice-primeiro-ministro russo, Denis Manturov, enfatizou que a cooperação entre Moscou e Jacarta continuou a se fortalecer nos últimos anos. "Nosso volume de negócios aumentou significativamente chegando a US$ 4,3 bilhões no ano passado", disse ele. “O próximo passo é fortalecer nosso comércio", disse, enfatizando que as negociações sobre um acordo de livre comércio entre a União Econômica Eurasiática e a Indonésia estão em andamento.
Além disso, ele observou que o volume das exportações russas para o país asiático pode ser ampliado com produtos dos setores madeireiro e metalúrgico. Ele acrescentou que os maiores operadores logísticos russos estão trabalhando em projetos de investimento para desenvolver a infraestrutura portuária da Indonésia e ambos os lados também estão interessados na implementação de projetos de cooperação no setor de construção naval, relata a Interfax.