Ex-presidente da Rússia reage a envio de tropas à Ucrânia: 'Quantos caixões a Europa vai aceitar?'

Em Paris, aliados ocidentais debatem envio de tropas à Ucrânia; Dmitry Medvedev alertou para as consequências do envolvimento europeu no conflito.

O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia e ex-presidente do país, Dmitry Medvedev, reagiu nesta quinta-feira (17) à reunião marcada em Paris entre o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, e o enviado especial do presidente norte-americano, Steve Whitkoff, com políticos ucranianos e europeus.

"Aparentemente, a cúpula da camarilha fascista da Ucrânia foi a Paris para conversar com o Reino Unido, a Alemanha e a França sobre quantos caixões europeus eles estarão prontos para aceitar após o envio das tropas da 'coalizão dos dispostos' para a Ucrânia", escreveu Medvedev na sua conta no X nesta quinta-feira (17). 

Reuniões na capital francesa

Rubio e Whitkoff estarão na capital francesa entre os dias 16 e 18 de abril para tratar do conflito na Ucrânia com autoridades europeias, conforme comunicado do Departamento de Estado dos EUA divulgado na quarta-feira (16).

Segundo a imprensa, Whitkoff deverá se reunir com o presidente francês, Emmanuel Macron, enquanto Rubio encontrará o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot.

Presença ucraniana e plano de envio de tropas

O chefe de gabinete de Vladimir Zelensky, Andrey Yermak, anunciou que já chegou a Paris e deve se reunir com representantes norte-americanos. Segundo ele, a agenda inclui encontros bilaterais com integrantes da chamada "coalizão dos dispostos", como França, Alemanha e Reino Unido.

Após a cúpula de 27 de março, Macron declarou que membros da coalizão planejavam enviar uma "força de dissuasão" à Ucrânia. Segundo alegou, a medida não substituirá as tropas ucranianas e não se trata de forças de paz, mas de unidades posicionadas em locais estratégicos com os ucranianos.

O francês reconheceu que não há consenso sobre a proposta, mas disse que isso não é um obstáculo para sua execução.