Bolsas dos EUA perdem mais de US$ 1,5 trilhão em um dia

A queda das ações do setor de tecnologia na bolsa americana se acentuou na quarta‑feira (16) impulsionada por restrições comerciais e preocupações com tarifas.

O mercado sofre pressão crescente, refletida em intensa volatilidade e em incertezas sobre o impacto econômico das tarifas.

O índice S&P 500 registrou queda superior a 2,2%, enquanto o Dow Jones Industrial Average perdeu cerca de 700 pontos, equivalente a desvalorização de aproximadamente 1,7%.

O Nasdaq teve recuo ainda mais acentuado, despencando mais de 3%, com o setor de tecnologia sendo o mais afetado, segundo informações do Wall Street Journal.

Particularmente afetada foi a gigante de chips Nvidia, cujas ações recuaram quase 7% após o governo Trump anunciar novas restrições à exportação de processadores da empresa para a China. Em seu último dia de negociação, a companhia alertou que poderia perder US$ 5,5 bilhões por trimestre devido a essas mudanças.

Fabricantes de semicondutores dos EUA deverão perder uma fortuna devido a tarifas de Trump

Incertezas econômicas

Diversos veículos especializados estimam que essa situação resultou em perda de mais de US$ 1,5 bilhão para a Wall Street apenas na quarta‑feira. A pressão no mercado intensificou‑se especialmente nas últimas horas de negociação, após discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve dos EUA.

Powell mencionou que as tarifas implementadas pelo presidente Donald Trump estão se mostrando mais altas do que o previsto, o que pode desacelerar a economia e elevar a inflação no curto prazo.

A Reuters relatou na semana passada que as ações das chamadas “sete magníficas” da tecnologia (Apple, Microsoft, Amazon, Alphabet, Meta, Nvidia e Tesla) haviam recuperado mais de US$ 1,5 trilhão em valor de mercado até 9 de abril, após Trump suspender temporariamente as tarifas por 90 dias, aliviando a pressão sobre essas companhias.

No entanto, essa recuperação não supera os quase US$ 2 trilhões em perdas coletivas que elas acumularam no início do mês devido à implementação de tarifas recíprocas.

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