O governo Trump pretende propor a mais de 70 países que limitem seus laços comerciais com a China em troca de alívio tarifário, informou o Wall Street Journal na terça-feira (15), de acordo com fontes.
Usando barreiras econômicas como ferramenta de pressão, a Casa Branca quer que os países impeçam a entrada de mercadorias chinesas em seus territórios, além de impedir o estabelecimento de empresas chinesas e evitem o consumo excessivo de produtos chineses de baixo custo, detalhou o jornal.
As exigências podem variar de acordo com o peso de cada país na economia do gigante asiático, acrescentou o veículo.
Segundo a mídia, o objetivo do plano é limitar a influência da China em possíveis negociações entre Washington e Pequim e integra uma ampla estratégia de isolamento da economia chinesa.
O plano foi apresentado ao presidente dos EUA em 6 de abril pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent, que, anteriormente, afirmou não descartar a possibilidade de romper as relações comerciais com Pequim.
Duelo de tarifas entre EUA e China
- No dia 2 de abril, Trump anunciou a imposição de tarifas recíprocas massivas sobre os parceiros comerciais dos EUA, com a China, que registrava tarifas de 54%, entre as maiores do grupo.
- Em resposta, o governo chinês declarou que imporia tarifas adicionais de 34% sobre todas as importações dos EUA a partir de 10 de abril.
- Atualmente, as tarifas da China sobre os produtos dos EUA são de 125%, e as tarifas dos EUA sobre a China são de 145%.
- Na semana passada, o presidente dos Estados Unidos declarou que, diante de mais de 75 países terem procurado seus representantes para discutir a questão tarifária e "não terem retaliado de forma alguma", ele autorizou para esses países uma pausa de 90 dias, com a redução substancial das tarifas para 10% durante esse período, medida que passou a vigorar imediatamente.
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