
Mortes prematuras dos principais cientistas de IA preocupam China

Cresce a preocupação com a morte prematura de importantes cientistas de inteligência artificial na China, possivelmente em decorrência das intensas pressões e do ambiente de trabalho estressante, conforme divulgado pelo South China Morning Post na terça-feira (15). A maioria desses profissionais tinha menos de 50 anos.

Entre os casos mais notórios está o de Sun Jian, de 45 anos, referência em IA e visão computacional. Até o momento de seu falecimento, ele atuava como cientista-chefe da Megvii Technology, empresa que desenvolve softwares para reconhecimento de imagens e aprendizado profundo. Os detalhes sobre as circunstâncias de sua morte não foram divulgados.
Outro exemplo é o de Feng Yanghe, de 38 anos, especialista militar em IA, que faleceu em julho de 2023 em Pequim, a caminho do que foi descrito como uma "grande missão". Ele é apontado como um dos responsáveis pelo desenvolvimento do software de IA empregado em simulações militares.
Também foi registrada a morte de He Zhi, de 41 anos, que coordenou a digitalização do setor de saúde na China. Informações divulgadas em redes sociais indicam que ele perdeu a vida em abril do ano passado, em decorrência de uma parada respiratória e cardíaca provocada pelo mal de altitude na província de Qinghai.
Pressões sobre o setor de IA
Os falecimentos desses especialistas ocorreram no auge de suas carreiras. Segundo o cientista Liu Shaoshan, embora os profissionais de IA possam receber salários elevados, estão sujeitos a uma pressão intensa, em função do ritmo acelerado de desenvolvimento do setor e da crescente concorrência.
Liu ainda ressaltou que os profissionais enfrentam desafios éticos, já que o uso disseminado da IA pode gerar impactos significativos na sociedade, trazendo consigo uma pesada carga moral.

