
EUA querem reduzir presença militar na Síria: por que isso preocupa Israel?

Os Estados Unidos planejam reduzir o número de tropas estacionadas na Síria. As informações sobre a retirada foram divulgadas nesta quarta-feira (16) por agências como Reuters e Al Arabiya.
Atualmente, o contingente militar norte-americano no país árabe é de cerca de 2 mil soldados.
Segundo a Reuters, que cita duas autoridades norte-americanas, parte das tropas pode deixar a Síria nas próximas semanas ou meses.

Uma das fontes mencionou a possibilidade de o efetivo cair para cerca de mil soldados.Outra fonte afirmou que os números ainda não estão definidos e demonstrou ceticismo quanto à redução em meio às negociações com o Irã sobre seu programa nuclear.
Pentágono evita maiores detalhes
Ao comentar os relatos, o Departamento de Defesa dos EUA declarou à agência russa RIA Novosti que as forças americanas são rotineiramente redistribuídas de acordo com necessidades operacionais e situações específicas.
"As redistribuições refletem a flexibilidade da política de defesa global dos Estados Unidos e a capacidade do país de se mover rapidamente para responder a ameaças à segurança", afirmou o órgão.
O temor de Israel
O portal israelense Ynet informou que a possível retirada das tropas dos EUA preocupa Israel, que tenta dissuadir Washington da decisão. Segundo o site, autoridades norte-americanas avisaram Israel de que a retirada começará dentro de dois meses.
Um representante do governo israelense disse que há temor de que a saída dos EUA fortaleça a presença da Turquia na região. Fontes de defesa ouvidas pelo Ynet afirmaram que o recuo pode "estimular os esforços turcos para expandir sua presença militar estratégica na Síria".
A publicação destacou ainda que Israel vê como ameaça uma eventual presença turca nas bases de Tadmur e T4 (Tiyas), próximas a Palmyra. As preocupações israelenses seriam agravadas pelas críticas recentes do governo turco a autoridades de Israel.
