
Europa tem que deixar de ser vassala dos EUA, afirma vice-presidente norte-americano

A Europa não pode continuar sendo um “vassalo permanente da segurança” dos Estados Unidos, afirmou o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, ressaltando que a infraestrutura de segurança do continente é subsidiada pelos norte-americanos.
“Não é bom para a Europa ser um vassalo permanente dos Estados Unidos em termos de segurança”, disse o vice-presidente em entrevista à UnHerd na segunda-feira (14).

As declarações ocorreram em meio a tensões geopolíticas entre os EUA e a Europa sobre diversas questões, incluindo o conflito na Ucrânia, enquanto a administração do presidente Donald Trump pressiona os países da OTAN a aumentarem seus gastos com defesa.
Vance também expressou frustração com a abordagem da Europa em relação à segurança.
"A realidade é que - é duro dizer isso, mas também é verdade - toda a infraestrutura de segurança da Europa, durante toda a minha vida, foi subsidiada pelos Estados Unidos da América".
Segundo ele, apenas três países europeus – Reino Unido, França e Polônia – possuem forças armadas autossustentáveis.
“De certa forma, eles são as exceções que confirmam a regra, de que os líderes europeus subinvestiram radicalmente em segurança, e isso precisa mudar”, acrescentou.
Pressões de Trump
O governo Trump tem pressionado os países europeus a investirem mais em suas forças armadas desde o início do primeiro mandato de Trump.
Em 2014, os membros da OTAN se comprometeram a aumentar os gastos com defesa para 2% do PIB, embora alguns ainda enfrentem dificuldades para atingir esse objetivo.
Em fevereiro, Trump sugeriu que os países-membros da aliança deveriam considerar gastar até 5% do PIB em defesa, alertando que, caso contrário, “se eles não pagarem, eu não vou defendê-los”.
O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, concordou que Trump está correto ao exigir que os membros europeus aumentem os gastos com defesa, especialmente diante das tensões com a Rússia.
Diversas autoridades ocidentais especularam que a Rússia poderia atacar os países europeus da OTAN nos próximos anos. Moscou rejeita a alegação e classifica como “absurda".

