China suspende importação de aviões da Boeing e ações da empresa despencam

As autoridades chinesas ordenaram que suas companhias aéreas suspendam as importações de aviões da Boeing como parte da guerra comercial com os Estados Unidos, informou a Bloomberg nesta terça-feira (15).

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“A China ordenou que suas companhias aéreas recusem novas entregas de aviões da Boeing Co. como parte da guerra comercial que levou o presidente dos EUA, Donald Trump, a impor tarifas de 145% sobre produtos chineses”, afirmaram fontes especializadas à agência.

As companhias aéreas chinesas também foram instruídas a suspender todos os pedidos de equipamentos e peças de aeronaves de fornecedores norte-americanos.

A previsão é de que a China represente 20% do mercado global de aeronaves nas próximas duas décadas. Em 2018, cerca de um quarto da produção da Boeing teve o país asiático como destino.

Como resultado, as ações da Boeing caíram quase 5%.

• No dia 2 de abril, Trump anunciou tarifas contra mais de 180 países e regiões durante uma cerimônia chamada de "Dia da Libertação dos EUA". "Durante décadas, nosso país foi saqueado, nossos empregos e nossas fábricas foram roubados. Hoje, estamos retornando ao sonho americano", afirmou na ocasião.

• Na semana seguinte, o presidente recuou anunciando uma pausa de 90 dias e uma tarifa substancialmente reduzida de 10% para esse período. Ele justificou a decisão alegando que "as pessoas estavam com um pouco de medo".

• A exceção à pausa é a China. As tarifas vigentes de Washington contra Pequim são atualmente de 145% - o que motivou o gigante asiático a responder, aumentando suas taxações contra produtos norte-americanos para 125% e restringindo a importações de filmes de Hollywood.
  
  

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