Em reação a Trump, euro atinge maior alta em três anos e atrai investidores

Antes vista principalmente como um 'ativo de risco', a moeda é tida agora como um dos principais beneficiários do enfraquecimento do dólar.

Após as tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, provocarem uma queda drástica nos mercados globais, investidores passaram a questionar o status tradicional do dólar como "porto seguro" e estão reavaliando o papel do euro no sistema financeiro internacional, informou a agência Bloomberg na segunda-feira (14).

Segundo a publicação, em meio à incerteza econômica global, o euro atingiu no fim de semana o maior nível em três anos, com alta de quase 4% em dois dias — de US$ 1,10 para quase US$ 1,15. Às 12h31 (horário GMT) desta segunda-feira (14), a moeda europeia era negociada a US$ 1,14.

"Cenário básico"

Foi o avanço mais rápido do euro em 15 anos e, de acordo com a Bloomberg, a tendência de valorização continua, com fundos de hedge prevendo uma cotação em torno de US$ 1,20 nos próximos três a seis meses.

"A possibilidade de valorização para a faixa de US$ 1,15 a US$ 1,20 neste ano está rapidamente se tornando o cenário básico", disse Jordan Rochester, diretor de estratégia do grupo financeiro Mizuho International, à agência. Segundo ele, "a diversificação estrutural incentivará muitos a apostar nessa direção".

A moeda comum europeia, antes vista principalmente como um ativo de risco, agora começa a ser considerada uma das principais beneficiárias da perda de força do dólar, destacou a agência.

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