
'Milagre econômico': secretário do Tesouro dos EUA parabeniza governo Milei por sua gestão

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, esteve em Buenos Aires nesta segunda-feira (14) e se reuniu com o presidente argentino, Javier Milei, a quem parabenizou por alcançar um "milagre econômico" no país.
Em comunicado conjunto, Bessent celebrou também o recente acordo firmado com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que permitirá à Argentina acessar um novo programa de financiamento.
"Tenho orgulho de apoiar o presidente Javier Milei em seus incansáveis esforços para tornar a Argentina grande novamente", declarou o funcionário de confiança do presidente Donald Trump.

"Milei herdou uma economia extremamente lenta, uma burocracia excessiva e um nível de inflação raramente visto. O presidente Trump enfrentou algo semelhante", afirmou Bessent, acrescentando que ambos tomaram medidas semelhantes para desmontar essas problemáticas, combatendo os gastos públicos e promovendo a reprivatização da economia.
"Graças à ousada agenda de Milei, estamos presenciando uma guinada histórica. O setor privado volta à cena enquanto o setor público recua", disse. Ele destacou ainda que muitas empresas norte-americanas agora demonstram interesse em investir na Argentina e participar do chamado "milagre econômico".
Além disso, Bessent anunciou o início de conversas formais sobre um possível acordo tarifário. O tema em pauta são as tarifas adicionais impostas durante o governo Trump a seus parceiros comerciais — no caso da Argentina, a alíquota é de 10%.
O secretário também afirmou que a Casa Branca se "orgulha" de ter apoiado o acordo com o FMI e o compromisso do Banco Mundial, que concederá à Argentina um empréstimo de 12 bilhões de dólares.
Fim dos controles cambiais
Nesta segunda-feira, a Argentina viveu o primeiro dia sem o "cepo cambial", sistema de controle que, durante 14 anos, restringiu a compra de dólares. A medida — que permite a compra ilimitada da moeda — gerou uma forte movimentação entre os argentinos, muitos dos quais enfrentaram problemas nas plataformas bancárias durante as primeiras horas de operação.
Apesar da ansiedade e da especulação inicial, o dólar oficial fechou a 1.210 pesos, abaixo do teto de 1.400 estipulado pelo novo sistema flutuante, o que pode representar uma desvalorização de até 30%.
