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Moldávia está sendo usada pela Ucrânia para orquestrar ataques à Rússia, denuncia FSB

Um cidadão moldavo que viajou livremente por seis países da UE carregando quase 5 quilos de explosivos foi detido pelas autoridades russas; o objetivo era realizar atos de sabotagem e terrorismo em instalações de defesa e energia.
Captura de telaServicio Federal de Seguridad de Rusia (FSB)

O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, na sigla em russo) divulgou nesta segunda-feira (14) a prisão de indivíduos ligados aos serviços especiais ucranianos, recrutados e treinados na Moldávia.

Segundo o FSB, com a conivência das autoridades locais, o território moldavo vem sendo usado pela inteligência ucraniana "para recrutar, treinar e armar agentes antes de enviá-los à Rússia para a realização de atos de sabotagem e terrorismo".

Cinco quilos de explosivos 

Entre os presos estão dois moldavos e dois russos. Um deles, Marius Prunianu, guerreando contra a Rússia desde 2022 como integrante da chamada Legião Internacional das Forças Armadas da Ucrânia.

Em 2023, de acordo com o FSB, Prunianu foi recrutado por um oficial do GUR (a diretoria principal de inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia) e enviado à Moldávia para preparar ataques em território russo.

Em 2024, em Chisinau, capital moldava, ele teria recebido dinheiro de um agente da inteligência ucraniana para comprar um Toyota Land Cruiser Prado. No veículo foi instalado um compartimento secreto com três artefatos explosivos, cada um pesando 1,6 kg.

Ele cruzou a fronteira da Rússia após passar por Romênia, Hungria, Eslováquia, Polônia, Lituânia e Letônia. A missão, segundo o FSB, era instalar os explosivos em Volgogrado e Saratov para futuros atos de sabotagem.

Dispositivo explosivo na Crimeia

Em outra operação, o FSB deteve Yevgeny Kurdoglu, cidadão moldavo, na cidade de Kerch, na Crimeia. Ele teria colaborado secretamente com agentes ucranianos.

Segundo as autoridades russas, Kurdoglu, de 32 anos, repassava informações sobre a localização de equipamentos militares russos e instalações estratégicas na península.

Após ser preso, ele teria revelado a localização de um esconderijo com um artefato explosivo caseiro – com 400 gramas de Semtex10 (substância plástica de alto poder explosivo), um detonador elétrico e um temporizador – supostamente preparado para atingir uma estação de bombeamento de água em Kerch.

Kurdoglu confessou o crime e está colaborando com a investigação, informou o FSB.