Com 93,68% dos votos do segundo turno apurados, o candidato à reeleição, Daniel Noboa, alcançou 55,84% dos votos, enquanto a candidata de esquerda, Luisa González, obteve 44,16%, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador.
Com base nos números, após as 20h15 (horário local), o CNE declarou Noboa vencedor.
Realizada no domingo (13), a eleição marcou o segundo confronto entre Noboa, da Acción Democrática Nacional (ADN), e Luisa González, do movimento Revolución Ciudadana (RC), após as eleições extraordinárias de 2023, convocadas após o ex-presidente Guillermo Lasso dissolver o Parlamento.
A presidente do CNE, Diana Atamaint, destacou que o comparecimento chegou a 83,76%, superando os índices do primeiro turno.
Denúncias
Na manhã de domingo, algumas organizações denunciaram ações do CNE e do governo de Noboa, que, segundo elas, "desestabilizaram" a democracia e o processo eleitoral.
Entre as críticas, apontou-se a alteração de última hora do local de 18 seções eleitorais "sob a desculpa da tempestade de inverno" e a realização de "transmissões nacionais governamentais, quatro vezes por dia, em meio ao silêncio eleitoral".
Acresce-se também o emprego de recursos públicos para distribuir "bônus" de cerca de 570 milhões de dólares; o decreto de estado de emergência em sete províncias, no Distrito Metropolitano de Quito, na província de Pichincha, e no cantão de Camilo Ponce Enríquez, na província de Azuay.
Outra denúncia das organizações diz respeito à suspensão do voto dos equatorianos residentes na Venezuela.
Daniel Noboa dirigiu-se à nação por meio de uma mensagem de agradecimento pela participação no dia da eleição.
"Essa vitória foi histórica, uma vitória de mais de dez pontos, uma vitória de mais de um milhão de votos, e não há dúvida de quem é o vencedor", declarou Noboa, na província de Santa Elena.
"Não reconhecemos os resultados"
Sua rival, Luisa González, afirmou não reconhecer os números apurados.
"Não reconhecemos os resultados", disse a candidata da esquerda a partidários reunidos em Quito, capital, que agitavam slogans de "fraude" e "recontagem".
"Está cometendo fraude, a fraude mais grotesca, e eu o denuncio publicamente", continuou a candidata, anunciando que solicitará às autoridades eleitorais a recontagem dos votos e a abertura das urnas.
Entre as acusações, González afirmou que Noboa "nunca se licenciou" para fazer campanha e "usou as autoridades do CNE e do TCE (Tribunal Contencioso Eleitoral) para fazer o que quisesse".
Ela também criticou o estado de emergência decretado por Noboa um dia antes das eleições em sete províncias, no Distrito Metropolitano de Quito, na província de Pichincha, e no cantão de Camilo Ponce Enríquez, na província de Azuay.