Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, defendeu seu filho após ele publicar uma crítica ao presidente francês Emmanuel Macron, que indicou que Paris deve reconhecer a Palestina como um Estado soberano em breve.
"Não aceitaremos lições de moral sobre a criação de um Estado palestino que ameaçaria a existência de Israel, vindo de quem se opõe a conceder independência à Córsega, Nova Caledônia, Guiana Francesa e outros territórios cuja independência não ameaçaria a França de forma alguma", escreveu o primeiro-ministro em seu perfil no X.
Netanyahu alegou ainda que Macron está "gravemente enganado" quando continua a "promover a ideia de um Estado palestino no coração do nosso país", argumentando que isso tem como única ambição a "destruição do Estado de Israel".
Apesar das declarações, o político repreendeu o tom previamente utilizado pelo seu filho: ''Como todo cidadão, ele tem direito à sua opinião pessoal, embora o estilo de sua resposta (...) seja inaceitável para mim".
Relembre:
O ativista Yair Netanyahu, segundo filho do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, publicou uma mensagem criticando o presidente francês Emmanuel Macron:
''Vai se ferrar! Sim à independência da Nova Caledônia! Sim à independência da Polinésia Francesa! Sim à independência da Córsega! Sim à independência do País Basco! Sim à independência da Guiana Francesa! Parem o neoimperialismo da França na África Ocidental!", escreveu Yair no sábado (13).
- Em entrevista publicada na quarta-feira, Macron afirmou que a França poderá reconhecer oficialmente o Estado da Palestina em junho, durante uma conferência que copresidirá ao lado da Arábia Saudita em Nova York. Segundo ele, o encontro pode abrir caminho para que outros países também formalizassem o reconhecimento de Israel.