
UFC: Lutador brasileiro estrangula adversário que elogiou Hitler até ele ficar inconsciente

Na noite de sábado, o lutador brasileiro Jean Silva derrotou seu adversário americano, Bryce Mitchell, por uma luta válida pela categoria peso pena do Ultimate Fighting Championship (UFC), disputada em Miami.
"Ele não deve estar muito bem da cabeça, muito bem do coração. Peço para que todos, realmente, rezem pela vida do Bryce Mitchell, porque o estado de espírito dele não está legal", disse Silva em sua entrevista após a luta, acrescentando que não tem "nada contra ele''.

O americano se recusou aproximar-se do adversário para tocar as luvas antes do início dos rounds, um gesto costumeiro que demonstra respeito na cultura do UFC.
Após a vitória, Silva subiu nas redes do octógono, apontou para o presidente dos EUA, Donald Trump, que estava na plateia, e em seguida para si mesmo. Não é possível compreender o que ele estava dizendo naquele momento.
Relembre o caso:
Mitchell foi muito criticado no final de janeiro, quando lançou um programa de podcast e, no primeiro episódio, elogiou o líder nazista Adolf Hitler e negou a existência do holocausto:
"Sinceramente, acho que Hitler era um bom sujeito com base em minha própria pesquisa, não na minha doutrinação na educação pública". (...) Era perfeito? Não. Mas ele estava lutando pelo seu povo, tá bom? E ele queria uma nação pura. Você sabe o que os judeus estavam fazendo? Estavam cobrando juros, e cristãos não têm permissão para fazer isso. (...) Esses judeus estavam controlando o país dele, mano''.
Em outro momento do programa, Mitchell afirma que "não é possível que eles [o regime nazista] tenham queimado e cremado 6 milhões de corpos" e, portanto, "o Holocausto não é real".
Posteriormente, o lutador de 30 anos viria a se desculpar ao público através de uma mensagem nas redes, afirmando que "não estava tentando ofender ninguém" e que "muitas pessoas morreram no Holocausto". "Hitler fez muitas coisas ruins, acho que todos concordamos com isso. Definitivamente, não sou nazista e não concordo com nenhuma das coisas ruins que Hitler fez".
À época, Dana White, presidente do UFC, chegou a criticar o lutador, afirmando que suas palavras ''estão além do repugnante''. White se recusou, no entanto, a puní-lo, alegando que as declarações estão protegidas pelo direito à liberdade de expressão.