Pete Hegseth, secretário da Defesa do governo Trump, criticou a gestão de Barack Obama, culpando o ex-presidente americano pela crescente influência da China na região.
''O governo Obama tirou o olho do lance e deixou que a China invadisse toda a América do Sul e Central com sua influência econômica e cultural'', queixou-se, em entrevista concedida nesta semana ao canal Fox News, declarando que os acordos de Pequim limitam-se a oferecer "infraestrutura ruim", "vigilância" e ''endividamento''.
''O presidente Trump disse: 'basta, vamos tomar nosso quintal de volta''', continuou o oficial, observando que participou da Conferência de Segurança da América Central, realizada nesta semana, para articular uma resposta junto a autoridades latino-americanas. "Vamos investir para preservar interesses norte-americanos em nosso quintal, enquanto freamos essa esfera de influência chinesa".
Influência chinesa
Cada vez mais países latino-americanos estão buscando parcerias com Pequim, motivados pelo impacto transformativo da política externa do gigante asiático em nações em desenvolvimento.
O Brasil e a China, por exemplo, estão estreitando seus laços progressivamente. Em novembro passado, Xi e Lula aprimoraram as relações diplomáticas e assinaram 37 acordos de cooperação em infraestrutura, energia, agronegócio e outros setores estratégicos.
No mesmo mês, Xi Jinping participou da inauguração do "mega-porto" de Chancay, que tem como objetivo transformar o Peru no principal centro logístico do Pacífico sul-americano, além de uma escala relevante na Nova Rota da Seda.