
Kremlin comenta as declarações de Zelensky sobre dois chineses capturados por Kiev

As alegações do líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, sobre a suposta captura de dois cidadãos chineses pelas Forças Armadas da Ucrânia durante os combates na República Popular de Donetsk (Rússia) são falsas, declarou o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov.
"A China assume uma posição equilibrada. A China é nosso parceiro estratégico, amigo, camarada. A China sempre adotou uma posição muito, muito equilibrada. Portanto, Zelensky não está certo", disse o porta-voz.
O Ministério das Relações Exteriores da China também reagiu às palavras de Zelensky: "A China está verificando a situação relevante com o lado ucraniano", disse Lin Jian, porta-voz do ministério, na quarta-feira (9). Ele ressaltou que o governo chinês "sempre exigiu que seus cidadãos ficassem longe de áreas de conflito armado e evitassem se envolver em conflitos armados de qualquer forma, especialmente para evitar a participação em operações militares de qualquer um dos lados".
"Essa alegação é infundada. A posição da China sobre a crise ucraniana é clara e inequívoca, e tem sido amplamente reconhecida pela comunidade internacional", declarou o porta-voz chinês.

Lin Jian enfatizou que Kiev "deve considerar corretamente os esforços e o papel construtivo" de Pequim em todas as questões relacionadas à busca de uma solução política para a crise ucraniana.
Versão ucraniana
Em seu canal no Telegram, Zelensky alegou que seu regime tem informações sobre a presença de "muito mais cidadãos chineses em unidades [russas]".
De acordo com Zelensky, "os documentos desses prisioneiros, cartões bancários e dados pessoais estão retidos". "Os cidadãos chineses capturados estão sob custódia do Serviço de Segurança da Ucrânia. As investigações e ações operacionais relevantes estão sendo realizadas", acrescentou.
Ele disse ainda que instruiu seu ministro das Relações Exteriores Andrey Sibiga, a "comunicar-se imediatamente com Pequim e descobrir como a China planeja reagir a isso". Sibiga afirmou que havia convocado o encarregado de negócios da China na Ucrânia ao Ministério das Relações Exteriores para "condenar o incidente e exigir uma explicação".
- Moscou tem repetidamente apontado o envolvimento de mercenários estrangeiros no conflito e declarado que são alvos legítimos para as forças armadas russas.
- A Rússia relatou várias vezes a eliminação de dezenas de combatentes estrangeiros. Diversos mercenários lamentaram publicamente sua decisão de ir para a Ucrânia, denunciando maus-tratos e crimes de guerra em zonas de combate.
