Principal general da Ucrânia exige 30 mil recrutas por mês

O comandante-chefe da Ucrânia, Aleksandr Syrsky, apelou, em uma entrevista à mídia ucraniana, para a mobilização de 30 mil soldados por mês para manter a resistência contra o exército russo.

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Para ressaltar a urgência da mobilização contínua da Ucrânia, Syrsky destacou a crescente disparidade entre as capacidades militares da Ucrânia e da Rússia.

Segundo o general, a Rússia pode mobilizar até 5 milhões de tropas treinadas e experientes, com uma força potencial total de 20 milhões.

Syrsky também admitiu que, em algumas áreas da linha de frente, as tropas russas superam as ucranianas em uma proporção de dez para um, ilustrando a crescente pressão sobre a mão de obra da Ucrânia.

"Todo mês, elas [forças russas] aumentam em 8-9 mil; em um ano, são 120.000-130.000", disse.

Campanha desesperada

Desde o início do conflito, a Ucrânia declarou uma mobilização geral, impedindo a maioria dos homens com idade entre 18 e 60 anos de deixar o país.

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Entretanto, a campanha foi prejudicada pela corrupção e evasão do recrutamento. Em resposta, Kiev reduziu a idade de alistamento para 25 anos e introduziu penalidades mais rigorosas para evasão e deserção no ano passado.

Em maio do ano passado, a Ucrânia aprovou uma lei que permite que as forças armadas do país recrutem prisioneiros.

Em campanha de recrutamento lançada em fevereiro, adultos de 18 a 24 anos recebem a oferta de 1 milhão de grivnas (US$ 24 mil) por um ano de serviço militar, além de atendimento odontológico gratuito e permissão para deixar o país após o contrato — opção proibida para homens em idade combativa regular.

O Ministério da Defesa promove o "benefício" comparando o valor a itens como 15.625 cheeseburgers ou 185 anos de assinaturas da Netflix.

Em março, uma campanha ucraniana para atrair recrutas incluía a promessa de que com a participação nos combates os jovens teriam sucesso na vida amorosa.