Notícias

'Não ao bloqueio a Cuba, não ao bloqueio à Venezuela', afirma presidente mexicana na Celac

Claudia Sheinbaum destacou que esses bloqueios "apenas prejudicam o bem-estar das pessoas e não constroem zonas de paz e prosperidade".
'Não ao bloqueio a Cuba, não ao bloqueio à Venezuela', afirma presidente mexicana na CelacGettyimages.ru / Gerardo Vieyra/NurPhoto

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, expressou a posição de seu país rechaçando bloqueios econômicos contra qualquer nação, especialmente os vigentes sobre Cuba e Venezuela por parte dos EUA.

"Rejeitamos, como o México historicamente fez, as sanções e os bloqueios comerciais [...] Não ao bloqueio a Cuba, não ao bloqueio à Venezuela", afirmou a presidente mexicana durante seu discurso na IX Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), realizada em Honduras.

Sheinbaum destacou que esses bloqueios "apenas prejudicam o bem-estar das pessoas e não constroem zonas de paz e prosperidade".

“Nossa política externa é caracterizada pela busca da paz e do diálogo como meio de resolução de conflitos, bem como pelo respeito contínuo à autodeterminação dos povos”, enfatizou.

Convocar uma reunião

Durante seu discurso, a presidente mexicana, embora não tenha mencionado diretamente a guerra tarifária de Donald Trump, mencionou que estamos vivenciando "um momento de profunda mudança no comércio global" que está afetando os países da região.

Ele aproveitou a oportunidade para convidar os membros da CELAC a convocar "uma cúpula para o bem-estar econômico da América Latina e do Caribe, para alcançar uma maior integração econômica regional baseada nas riquezas compartilhadas", mantendo o respeito à soberania dos países.

"O comércio e o intercâmbio econômico nos uniram por séculos na busca pela prosperidade de nossos povos. A história da América Latina e do Caribe, desde a luta por nossa independência, tem sido caracterizada pela solidariedade e pelo apoio mútuo. Hoje não deve ser uma exceção", enfatizou.

Nesse sentido, ela destacou que o México trabalha a partir de uma premissa básica: "Uma região mais unida é uma região mais forte, capaz de soluções articuladas e propostas concretas de integração e cooperação regional em comércio, educação, ciência, desenvolvimento tecnológico, energia limpa e conservação da biodiversidade, tendo em vista sempre a construção de sociedades mais igualitárias".

Sheinbaum também abordou a questão da imigração, em meio às deportações em massa de Donald Trump, citando a necessidade de "cooperar para abordar a mobilidade de pessoas de uma perspectiva humanística".

"Nossa posição histórica tem sido a de que a maneira mais humana e bem-sucedida é abordar as causas estruturais da desigualdade, do desemprego e da violência que impulsionam a migração. Rechaçamos o racismo, o classismo, a violação dos direitos humanos e a criminalização de nossos irmãos e irmãs em nosso continente que, por qualquer motivo, tiveram que migrar para o norte", enfatizou.