Trump admite que realizaria ações militares contra o Irã 'caso necessário'

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (9) que, caso o Irã se recuse a negociar o fim de seu programa nuclear, Washington poderá recorrer à força militar. O norte-americano ressaltou que não pode permitir que o país persa desenvolva armas nucleares, conforme noticiou a agência Reuters.

Trump também classificou Israel como o ''líder'' de uma eventual ofensiva militar, caso Teerã insista em manter seu programa atômico. Segundo o presidente norte-americano, o Irã está cada vez mais próximo de obter armamento nuclear, conforme reportado pela Associated Press.

''Israel obviamente estará muito envolvido nisso. Eles serão os líderes. Mas ninguém nos lidera, nós fazemos o que queremos fazer'', relatou o líder norte-americano.

Sanções

Os EUA anunciaram, nesta quarta-feira (9), a imposição de novas sanções contra cinco entidades e um indivíduo ligados ao programa nuclear do Irã. Entre os alvos estão a Organização de Energia Atômica do Irã e sua subsidiária, a Iran Centrifuge Technology Company, diretamente envolvidas no desenvolvimento de tecnologia nuclear.

Irã promete resposta firme se EUA optarem por ação militar

De acordo com o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, a medida visa conter o avanço das ambições nucleares do regime iraniano, classificadas por Washington como uma ameaça à segurança global e regional.

''O Irã continua a expandir seu programa nuclear com objetivos que vão além de fins pacíficos'', afirmou Bessent.

Resolução diplomática

Na terça-feira (8), o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, declarou ao The Washington Post que Teerã busca uma ''resolução diplomática'' com os Estados Unidos. No entanto, advertiu que, caso Washington opte por medidas mais agressivas ou ações militares, o país responderá com firmeza e proporcionalidade.

Abbas menciona que uma solução militar para o conflito com os Estados Unidos não está nos planos do país Persa. Ele acrescentou que uma ofensiva militar seria prejudicial também para os contribuintes norte-americanos, que teriam de arcar com trilhões de dólares em custos para o envio de tropas

Uma nova rodada de negociações ''indiretas'' entre os dois países está prevista para este sábado, no Omã.

ENTENDA O PROGRAMA NUCLEAR DO IRÃ LENDO NOSSO ARTIGO.