Documentos da CIA desclassificados recentemente revelam que, após a morte de Adolf Hitler, por cerca de 10 anos agentes norte-americanos estiveram em sua busca na América do Sul, informou na quarta-feira (9) o New York Post.
Hitler e sua companheira Eva Braun cometeram suicídio em 30 de abril de 1945, quando o Exército Vermelho da URSS já se aproximava de Berlim. Seus corpos foram parcialmente queimados e enterrados em uma cratera rasa próxima ao seu bunker, onde foram encontrados e posteriormente exumados pelos soviéticos, sendo identificados por registros dentários.
Em 1970, a KGB destruiu os restos mortais de Hitler, mantendo apenas uma mandíbula e partes do crânio em Moscou.
CIA revela conspiração
Apesar da confirmação oficial da morte de Hitler, teorias da conspiração sobre sua sobrevivência começaram a circular imediatamente após sua morte. Embora a CIA possuísse um relatório da autópsia que atestava sua morte, outros documentos indicam que agentes de campo suspeitavam que ele poderia ter encontrado refúgio na América do Sul, utilizando uma identidade falsa.
Um arquivo desclassificado de outubro de 1945 revelou que agentes do Departamento de Guerra dos EUA informaram ao FBI sobre um possível esconderijo em um hotel em La Falda, Argentina, onde Hitler poderia se abrigar.
Os registros indicam que a proprietária do hotel e sua família eram conhecidos como "apoiadores entusiastas de Adolf Hitler", tendo contribuído financeiramente para o partido na década de 1920.
"Durante os anos após a chegada dele ao poder, sua amizade com Hitler tornou-se tão próxima que ela e membros de sua família ficavam com Hitler no mesmo hotel na ocasião de sua visita anual à Alemanha", afirmam os documentos.
Teria fugido para Colômbia?
Outro documento, datado de 1955 e vindo de um agente da CIA conhecido como "CIMELODY-3", mencionou que um amigo havia conversado com um homem que alegava ser um ex-soldado nazista chamado Phillip Citroen.
Este afirmou, com convicção, que Hitler ainda estava vivo, residindo na Colômbia. Citroen teria até compartilhado uma fotografia dele ao lado de um homem que dizia ser Hitler em uma praia em Tunja, na Colômbia.
Esses relatos levantam questões intrigantes sobre a possibilidade de Hitler ter escapado e vivido seus últimos dias longe do olhar atento do mundo.
Desclassificação de documentos sobre refugiados nazistas na Argentina
Enquanto isso, a Argentina se prepara para desclassificar documentos governamentais relacionados a nazistas que fugiram para o país após a Segunda Guerra Mundial.
Essa iniciativa segue uma ordem emitida em março pelo presidente argentino Javier Milei. Com esse anúncio, historiadores e especialistas em inteligência esperam esclarecer questões pendentes sobre o assunto, levantando a dúvida se a operação foi concluída em silêncio ou se ainda existem mais arquivos secretos referentes a um dos casos não resolvidos mais intrigantes da CIA.
Diversos membros da cúpula nazista, incluindo Adolf Eichmann, conhecido como o "arquiteto" do Holocausto, e Josef Mengele, um médico da SS, conseguiram se refugiar na Argentina e posteriormente no Brasil, frequentemente utilizando sofisticadas rotas de fuga que contavam com a colaboração de redes internacionais.
Eichmann foi capturado em 1960 por agentes do Mossad e do Shabak, sendo posteriormente levado a Israel para para ser julgado. Ele foi declarado culpado e condenado à morte por enforcamento.
Já Mengele, apelidado de "Anjo da Morte", fugiu da Argentina para o Brasil, onde viveu por 18 anos até morrer em 1979 após sofrer um ataque cardíaco enquanto nadava em uma praia de Bertioga no litoral de São Paulo.