
Acusado de tentar matar Trump queria derrubar seu avião com míssil portátil ucraniano

Formalmente acusado de tentar assassinar Donald Trump em setembro do ano passado, quando o republicano ainda era candidato à presidência dos Estados Unidos, Ryan Wesley Routh tentou comprar um lançador de mísseis na Ucrânia semanas antes de ser preso, segundo revelou na terça-feira (8) a imprensa americana com base em documentos do Departamento de Justiça.
De acordo com as autoridades, Routh teria contatado, por meio de um aplicativo de mensagens criptografadas, uma pessoa que ele acreditava ser um ucraniano com acesso a armamentos.

"Envie-me um RPG [arma antitanque portátil] ou um Stinger [sistema antiaéreo portátil] e verei o que podemos fazer", escreveu o acusado, conforme as fontes. Ele também afirmou que precisava do equipamento "para que Trump não pudesse ser eleito". "[Trump] não é bom para a Ucrânia", justificou.
Ainda segundo os documentos, Routh afirmou que os ucranianos "não notariam" se as armas fossem desviadas, pois "esses itens eram perdidos e destruídos diariamente" no conflito.
O suspeito chegou a fazer observações sobre a rotina de voo do então candidato, dizendo que o avião "sobe e desce todo dia".
"A tentativa de adquirir um dispositivo destrutivo para explodir o avião do presidente Trump se enquadra claramente como um atentado contra sua vida, e as declarações de Routh — de que 'precisa do equipamento para que Trump não possa ser eleito' — evidenciam sua intenção", argumentam as autoridades.
Tentativa de assassinato
O incidente ocorreu em 15 de setembro, próximo ao clube de golfe de Trump, quando um atirador tentou matar o então candidato à Presidência. O Serviço Secreto respondeu ao ataque e encontrou, nas proximidades, "um rifle estilo AK-47 com mira" e "uma câmera GoPro que ele usaria para tirar fotos".
O suspeito, Ryan Wesley Routh, de 58 anos, já havia tentado se alistar como combatente estrangeiro na Ucrânia, mas foi rejeitado.
