
Maduro critica tarifaço de Trump e dispara: 'Temos que produzir tudo na Venezuela'

O presidente da Venezuela reiterou, na segunda-feira (7), suas fortes críticas contra a guerra comercial desencadeada pelo governo Trump, citando palavras de um bilionário norte-americano que havia apoiado a campanha eleitoral do republicano.

"Um multimilionário americano qualifica a guerra comercial hoje como uma guerra nuclear econômica, onde os EUA está se autoinflingindo um grande dano", declarou ele, referindo-se a uma postagem do financista Bill Ackman.
Na segunda-feira (7), Ackman condenou as ações recentes de Trump, afirmando que "o investimento empresarial será interrompido, os consumidores fecharão suas carteiras e bolsos, e prejudicaremos severamente nossa reputação com o resto do mundo, o que levará anos e potencialmente décadas para ser restaurada".
"Estamos caminhando para um inverno nuclear econômico autoinduzido'', alertou.
"Venezuela tem tudo"
Maduro também destacou que a Venezuela é capaz de superar grandes tarifas dos EUA e pode se abastecer propriamente com todo o tipo de produtos.
"Temos que produzir tudo na Venezuela (...) É que a Venezuela tem tudo! Ou alguém duvida que a Venezuela tem tudo para produzir tudo aqui? E tem tudo para se integrar ao novo mundo", declarou.
Ele também observou que a Venezuela, junto com Rússia, China, Honduras e Cuba, estão enfrentando a ofensiva e combatendo aspirações colonialistas.
Tarifas de Trump
Em 2 de abril, Trump anunciou tarifas recíprocas para países de todo o mundo, incluindo nações da América Latina e do Caribe. Tarifas de 10% foram impostas à maioria deles, mas no caso da Venezuela, o político republicano optou por estabeleceu barreiras tarifárias de 15% sobre todos os seus produtos.
Essas restrições se somam às tarifas de 25% para todos os possíveis compradores do petróleo venezuelano, bem como à revogação de licenças que beneficiavam empresas petrolíferas como a Chevron e a Repsol, o que foi interpretado como um retorno à política de "pressão máxima" implementada por Trump em seu primeiro mandato para promover uma mudança de governo na Venezuela.
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