
PCO gera polêmica ao defender arte em IA: 'não vai acabar com os artistas'

Para o Partido da Causa Operária (PCO), as novas tecnologias, incluindo a inteligência artificial (IA), não acabarão com a criatividade dos profissionais da arte, mas beneficiarão a humanidade.
"A IA não vai acabar com os artistas, vai instaurar o domínio da pura expressão individual. Sua arte deixará de ser mera prestação de serviço para se tornar ferramenta de genuína expressão pessoal do indivíduo", escreveu a organização na sua conta oficial do X na segunda-feira (7).
O PCO destacou que o desenvolvimento da tecnologia nunca causou retrocessos e foi sempre benéfico à humanidade.
"A polêmica do 'fim da criatividade' é antiga e aparece toda vez que surge uma nova forma de produzir arte", disse o texto da publicação, alegando que o mesmo aconteceu com o surgimento da fotografia, que foi criticada com argumentos similares aos que se usa hoje contra a IA.
Roubo de propriedade intelectual?
Muitos usuários criticam o uso de ferramentas de inteligência artificial no meio criativo, acusando as plataformas de utilizarem obras sem a autorização dos artistas para seu aprimoramento. Com a recente 'trend' de transformar imagens no estilo das animações do Estudio Ghibli, críticos chegaram a sugerir que a empresa processasse a OpenAI, dona do ChatGPT.

A situação tornou-se ainda mais polêmica após internautas resgatarem falas antigas de Hayao Miyazaki, co-fundador do estúdio, que chegou a afirmar que a tecnologia é um ''insulto a própria vida'':
"Não consigo assistir a esse material e achá-lo interessante. Quem cria esse material não tem a menor ideia do que é dor. Estou totalmente enojado. Se você realmente quer fazer coisas assustadoras, pode ir em frente e fazer isso. Eu jamais gostaria de incorporar essa tecnologia em meu trabalho", afirmou o artista, citado pela Far Out Magazine.
