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Lula busca reforçar integração latino-americana após avanços de Trump

A conjuntura hostil, devido ao pacote tarifário de Trump, pode representar uma oportunidade para os países latino-americanos retomarem o caminho em direção à integração da região.
Lula busca reforçar integração latino-americana após avanços de TrumpGettyimages.ru / NurPhoto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca para Tegucigalpa, capital de Honduras, nesta terça-feira (8), para integrar a cúpula da Celac, conforme informou a Folha de S. Paulo na segunda-feira (7).

Na quarta-feira (9), o grupo que inclui as 33 nações latino-americanas realizará sua assembleia em meio ao tom hostil adotado pelo presidente norte-americano Donald Trump em políticas direcionadas à região.

Entre as presenças de chefes de Estado confirmadas estão o boliviano Luis Arce, a mexicana Claudia Sheinbaum e o colombiano Gustavo Petro, que herdará o comando da Celac da atual presidente do bloco, Xiomara Castro, de Honduras, durante o evento.

A última cúpula, em março de 2024, antecedeu as eleições venezuelanas de julho, marcadas por controvérsias, e seguiu a invasão da embaixada mexicana no Equador, em abril. Agora, os países buscam respostas conjuntas aos impactos da política externa de Trump.

Países afetados 

Na região, apenas cobre, fármacos, semicondutores, madeira, ouro, energia e minerais específicos escapam das altas tarifas impostas por Trump.

O México é o menos prejudicado, com taxas de 25% aplicadas a itens fora do tratado comercial com EUA e Canadá, como aço, alumínio e veículos.

Já Brasil, Colômbia, Peru e Argentina foram alvo da alíquota mínima de 10%.

Oportunidades para integração da região

O cenário desfavorável, porém, pode incentivar os membros a retomarem o propósito original da Celac, estabelecido em 2011, no fim do segundo governo Lula: impulsionar a união regional.

Segundo a avaliação do governo brasileiro, o encontro será vital para analisar coletivamente a renovada influência dos EUA na América Latina.