
Cuba critica documento que instaurou sanções dos EUA contra a ilha há 65 anos

O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrila, criticou nesta segunda-feira o memorando secreto de 1960 que definiu as bases do bloqueio econômico, comercial e financeiro dos EUA contra a ilha.
O chanceler classificou o documento como ''infame'' em uma publicação na rede social X, apontando para a manutenção das sanções contra o país caribenho há 65 anos.
Tras 65 años del infame memorando, gob. EEUU mantiene misma política vs #Cuba: hacer sufrir a nuestro pueblo y atacar sus fuentes de sustento, con bloqueo, fraudulenta lista patrocinadores terrorismo, guerra cognitiva y comunicacional y campaña vs cooperación médica cubana. pic.twitter.com/9pTfP18mV6
— Bruno Rodríguez P (@BrunoRguezP) April 6, 2025
Ele denunciou que as medidas norte-americanas ''fazem o nosso povo sofrer e ataca suas fontes de sustento''. Além disso, apontou para a existência de uma ''guerra cognitiva e comunicacional'' contra o país caribenho, que busca, entre outros objetivos, difamar a cooperação médica cubana com outros países.

Parilla também criticou a inclusão de Cuba na lista de Estados Patrocinadores do Terrorismo, elaborada unilateralmente pelos EUA.
''Crime de genocídio''
Em outubro de 2024, o ministro cubano havia declarado que o bloqueio norte-americano contra o país ''se qualifica como um crime de genocídio'', representando ''uma violação flagrante, massiva e sistemática dos direitos humanos'' do povo de Cuba.
''Ninguém pode duvidar da capacidade dos EUA de atacar com força devastadora a economia de qualquer nação'', afirmou Parilla na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova York, acrecentando que os EUA estão plenamente cientes sobre suas violações à Carta das Nações Unidas e ao direito internacional.
