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Cuba critica documento que instaurou sanções dos EUA contra a ilha há 65 anos

No aniversário do memorando secreto, Havana apontou que a política ''causa sofrimento'' e ''ataca as fontes de sustento do povo cubano''.
Cuba critica documento que instaurou sanções dos EUA contra a ilha há 65 anosGettyimages.ru / Roberto Machado Noa/UCG/Universal Images Group

O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrila, criticou nesta segunda-feira o memorando secreto de 1960 que definiu as bases do bloqueio econômico, comercial e financeiro dos EUA contra a ilha.

O chanceler classificou o documento como ''infame'' em uma publicação na rede social X, apontando para a manutenção das sanções contra o país caribenho há 65 anos.

Ele denunciou que as medidas norte-americanas ''fazem o nosso povo sofrer e ataca suas fontes de sustento''. Além disso, apontou para a existência de uma ''guerra cognitiva e comunicacional'' contra o país caribenho, que busca, entre outros objetivos, difamar a cooperação médica cubana com outros países.

Parilla também criticou a inclusão de Cuba na lista de Estados Patrocinadores do Terrorismo, elaborada unilateralmente pelos EUA.

''Crime de genocídio''

Em outubro de 2024, o ministro cubano havia declarado que o bloqueio norte-americano contra o país ''se qualifica como um crime de genocídio'', representando ''uma violação flagrante, massiva e sistemática dos direitos humanos'' do povo de Cuba.

''Ninguém pode duvidar da capacidade dos EUA de atacar com força devastadora a economia de qualquer nação'', afirmou Parilla na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova York, acrecentando que os EUA estão plenamente cientes sobre suas violações à Carta das Nações Unidas e ao direito internacional.