
China condena tarifaço de Trump: 'desenvolvimento é direito universal de todos os países, não privilégio'

Lin Jian, porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, condenou nesta segunda-feira o tarifaço imposto por Donald Trump contra mais de 180 países e regiões pelo mundo.
''O ato hegemônico dos EUA, em nome da 'reciprocidade', atende a seus interesses egoístas em detrimento dos interesses legítimos de outros países e coloca a "América em primeiro lugar" acima das regras internacionais. Esse é um movimento típico de unilateralismo, protecionismo e intimidação econômica'', afirmou o representante.
Citando dados da Organização Mundial do Comércio (OMC), o porta-voz observou que o aumento de tarifas deve ampliar ainda mais a desigualdade de riqueza entre os países e dificultar tarefas como a erradicação da pobreza e a implementação de uma educação de qualidade. "Os menos desenvolvidos sentirão um golpe mais pesado", afirmou.

Segundo o alto diplomata, as tarifas distintas aplicadas a cada país evidenciam uma violação dos princípios de não discriminação estabelecidos pela OMC, além de "perturbar gravemente a ordem do comércio internacional e a segurança e estabilidade das cadeias industriais e de suprimentos globais".
''O desenvolvimento é um direito universal de todos os países, não um privilégio exclusivo de alguns. Os países precisam (...) permanecer comprometidos com o verdadeiro multilateralismo, opor-se conjuntamente ao unilateralismo e ao protecionismo de todas as formas, salvaguardar a ordem internacional com a ONU em seu núcleo e defender o sistema comercial multilateral com a OMC em seu centro'', concluiu Lin Jian.
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