Fundador da Blackwater chega ao Equador para apoiar Naboa

Erik Prince, o polêmico fundador da empresa de segurança privada Blackwater, exército privado norte-americano, deu início às operações de segurança no Equador em apoio à reeleição do presidente Daniel Noboa, que deverá disputar o segundo turno das eleições no domingo.

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A chegada de Prince foi amplamente promovida pelo Ministério da Defesa, que comentou a visita do grupo Blackwater ao porto de Guayaquil: "Com isso, o estágio preliminar de coleta de informações continua a fim de avaliar e fortalecer as instalações portuárias e, portanto, a proteção do comércio em geral", afirmou.

"Continuaremos a cumprir a disposição do presidente (...) de enfrentar e derrotar com firmeza as máfias do crime organizado. Esse é o caminho e juntos vamos alcançá-lo", acrescentou.

O ministério também divulgou vídeos com declarações de Prince depois de ele ter participado de uma operação no distrito de Portete, localizado no sul de Guayaquil, junto com 500 militares e policiais.

"No próximo domingo, o povo do Equador pode escolher a lei e a ordem, elegendo Daniel Noboa", declarou ele, depois de afirmar que seu principal objetivo é a suposta luta contra o tráfico de drogas.

Suspeitas

Desde que Prince, um empresário de 55 anos e ex-membro das forças armadas dos EUA, fundou a Blackwater em 1997, as operações da empresa têm provocado debates sobre privatização da segurança, emprego de mercenários e "uso excessivo" da força, bem como sobre a falta de transparência e autoridade, o que lhe rendeu suspeitas de ilegalidade na estrutura jurídica internacional.

Em setembro de 2007, mercenários da Blackwater mataram 17 civis e feriram outros 20 na Praça Nisour, em Bagdá, Iraque.

Desacreditado, Prince vendeu a Blackwater três anos depois, mas continuou a trabalhar como "consultor" de segurança e defesa em vários países.

Nos últimos anos, o empresário foi identificado como uma figura próxima ao presidente dos EUA, Donald Trump. Enquanto isso, na América Latina, gerou polêmica ao ameaçar a Venezuela por várias vezes.