O presidente da França, Emmanuel Macron, declarou nesta segunda-feira (7) ser contra a participação do grupo palestino Hamas na administração da Faixa de Gaza.
"Saúdo o papel essencial do Egito nesse plano, que oferece um caminho realista para a reconstrução de Gaza e deve também preparar a transição para uma nova governança palestina no enclave, liderada por uma Autoridade Palestina".
"O Hamas não deve integrar essa administração, nem continuar sendo uma ameaça a Israel", disse Macron, em entrevista coletiva concedida no Cairo ao lado do presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sisi.
Macron alega que essa é a única resposta política capaz de garantir estabilidade e segurança duradouras na região. Ele afirmou já ter discutido o tema com al-Sisi e que o rei da Jordânia se unirá em breve às conversas para aprofundar o debate.
O mandatário manifestou ainda que Egito e França condenam a retomada dos bombardeios israelenses em Gaza, defendem um cessar-fogo imediato, a libertação de todos os reféns mantidos pelo Hamas e são contrários tanto ao deslocamento forçado da população quanto a qualquer tentativa de anexação da Faixa de Gaza ou da Cisjordânia.
O plano elaborado pelo Egito para a reconstrução de Gaza prevê a permanência da população palestina em seu território, ignorando as causas do conflito. A proposta foi aprovada em uma cúpula extraordinária convocada pela Liga dos Estados Árabes no Cairo, em março.
As Forças de Defesa de Israel retomaram os ataques à Faixa de Gaza em 18 de março sob a justificativa do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de que que o Hamas não teria aceitado o ultimato de Trump para libertação dos reféns.