Oliver Stone denuncia mentiras sobre 'Russiagate' nos EUA

O cineasta também enfatizou que o ódio contra a Rússia e a China é alimentado pela propaganda americana, o que ele classificou como "muito negativo".

As alegações de que a Rússia interferiu nas eleições presidenciais de 2016 nos EUA, conhecidas como "Russiagate", não passam de mentiras, afirmou recentemente o diretor de filmes de Hollywood, Oliver Stone, ao canal Fox News.

Stone também elogiou os esforços do presidente Donald Trump para tentar "saber o que realmente aconteceu", acrescentou o veículo.

"Russiagate; nós pagamos por isso. Eu aplaudo [o que Trump está fazendo]", declarou ele ao responder se o presidente dos EUA estaria certo em "confrontar" o FBI e a CIA depois "do que aconteceu com a investigação da Rússia".

"Odeio o que eles fizeram com o Russiagate. Eu realmente odeio. Acho que é, novamente, mentira, mentira, mentira e a venda disso para o povo americano", destacou.

O famoso diretor também opinou que "toda essa coisa de odiar a Rússia" é muito negativa, já que, para ele, Rússia e China são os "melhores parceiros" dos EUA.

"Temos essa mentalidade de que eles são o inimigo. Tudo isso foi inoculado pela propaganda", denunciou.

O que é o "Russiagate"?

Por anos, os democratas alegaram que o Kremlin realizou uma campanha secreta para influenciar a corrida eleitoral em favor do então candidato e atual presidente Donald Trump.

Em 2017, o relatório do Conselheiro Especial Robert Mueller, ex-chefe do FBI, alegou que o governo russo interferiu na eleição "de forma abrangente e sistemática", principalmente por meio de hackers e mensagens nas mídias sociais.

Anos depois, no entanto, a mesma investigação não encontrou nenhuma prova de coordenação ou conspiração entre os membros da campanha de Trump com o governo russo.

A Rússia descartou as acusações, classificando-as como infundadas; o presidente do país, Vladimir Putin, as chamou de "histeria".

O próprio Trump, ao comentar a série de investigações iniciadas contra ele, incluindo o "Russiagate", as denunciou como uma "caça às bruxas" que interfere no processo eleitoral e faz uso do sistema judiciário "como uma arma".